quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
A história da Eisenbahn
A idéia de uma cervejaria artesanal surgiu de uma família apaixonada por
cervejas especiais. Descontentes com a pequena variedade de cervejas
disponíveis no Brasil, decidiram fundar uma cervejaria que trouxesse de volta a
tradição, o sabor e a variedade ao mercado brasileiro. Foram alguns anos de
pesquisas, conversas com mestres cervejeiros da Alemanha, Bélgica e EUA e
inúmeras visitas às cervejarias desses países. E com a vinda de um mestre
cervejeiro alemão com 30 anos de experiência, o sonho tornou-se realidade.
Em julho de 2002 nasce a Cervejaria Sudbrack, com a marca EISENBAHN já
com três estilos de chopp: o Pilsen, de origem Tcheca; o Dunkel de origem
alemã e o Pale Ale de origem belga. Já no ano seguinte, é lançado o
Weizenbier, chopp de trigo originário da Alemanha. Ainda em 2003, a
Eisenbahn lança a Weihnachts Ale, uma cerveja sazonal comercializada
apenas de novembro a janeiro em comemoração ao Natal, tradição vinda
também da Alemanha. Em 2004, surge a primeira cerveja orgânica do Brasil,
feita com ingredientes orgânicos sem conservantes e sem agrotóxicos. Nesse
mesmo ano, é lançada também a Weizenbock, cerveja escura de trigo, ideal
para os dias de inverno. No ano seguinte, é lançada a Kölsch, cerveja originária
da cidade de Colônia, também na Alemanha. Já no final do mesmo ano, 2005,
a Eisenbahn lança a Rauchbier, primeira cerveja brasileira feita com maltes
defumados. Uma cerveja feita em parceria com César Adames especialmente
para a harmonização com charutos.
Por toda essa inovação e excelência em seus produtos, nesse mesmo ano a
Eisenbahn foi a única cervejaria brasileira a ser convidada a ter os seus
produtos comercializados na Galeria Lafayette, em Paris, durante as
comemorações do ano do Brasil na França.
Entramos em 2006 e, com apenas 4 anos, a Eisenbahn lança a sua 10º
cerveja, a Strong Golden Ale, de inspiração belga e alto teor alcoólico. No
mesmo ano, a superação: O lançamento da Eisenbahn Lust, cerveja produzida
pelo mesmo método de fabricação dos champanhes franceses, sendo a
terceira no mundo e mais uma vez, a única no Brasil. Ainda em 2006, a
Eisenbahn trouxe ao Brasil o maior especialista do mundo em harmonização de
cervejas especiais com gastronomia, o americano Garrett Oliver.
No ano de 2007, os reconhecimentos internacionais começam a aparecer: Em
fevereiro, as cervejas Eisenbahn ganharam as páginas da inglesa Beers of the
World. A Eisenbahn Lust, a Eisenbahn Strong Golden Ale e a Eisenbahn
Dunkel receberam a melhor pontuação na edição de Fevereiro/Março. O crítico
e especialista Jeff Evans experimenta cervejas do mundo inteiro e neste mês
abriu a sua matéria falando da Cervejaria Eisenbahn e coloca as três cervejas
citadas como Editor's choice (a escolha do editor). Além disso, as cervejas
Eisenbahn Rauchbier e a Eisenbahn Kölsch entraram na matéria como
"recomendadas".
Em julho, ao completar 5 anos de existência, lança a Eisenbahn 5, cerveja
comemorativa ao aniversário e de edição limitada. Porém, tamanha foi a
procura e apreciação dessa cerveja feita pelo método dry-hopping que hoje ela
faz parte da linha reserva especial e é produzida normalmente.
Em agosto, mais uma realização internacional: A Eisenbahn participou do
Great British Beer Festival, uma das maiores feiras de cervejas do mundo em
Londres. Como foi a 30º edição do evento, o bar Bières San Frontiers
comercializou cervejas de trinta países, sendo a Eisenbahn a única brasileira.
Estavam presentes a Eisenbahn Pale Ale, Eisenbahn Rauchbier, Eisenbahn
Strong Golden Ale, Eisenbahn Dunkel e Eisenbahn Kölsch.
Ainda falando internacionalmente, em novembro a Eisenbahn participou do
European Beer Star, um dos maiores e mais prestigiados concursos de cerveja
do mundo, na Alemanha, país da cerveja. Com isso, faturou 2 medalhas de
bronze, com a Eisenbahn Dunkel (categoria German-Style Schwarzbier) e a
Eisenbahn Weizenbock (categoria South-German-Style Weizenbock Dunkel). O
European Beer Star contou com mais de 570 marcas de cerveja de 40
categorias diferentes, de 28 países, com um time de 54 jurados tradicionais e
rigorosos, a maioria alemães. A Eisenbahn foi a primeira cervejaria da América
do Sul a conquistar esse prêmio.
E para encerrar o ano com chave de ouro, em dezembro lança a Lust Prestige,
uma versão mais aprimorada da Lust, que tem maturação de 1 ano ao invés de
3 meses.
Começa 2008 e a Eisenbahn aparece no Beer Judge Certification Program,
que é uma organização americana responsável por treinar juízes e publicar em
seu site uma descrição técnica detalhada de cada estilo de cerveja existente, e,
ao final de cada descrição, cita algumas marcas como exemplos desses
estilos. A Eisenbahn apareceu como exemplo em cinco diferentes estilos, com
a Eisenbahn Rauchbier, Eisenbahn Kölsch, Eisenbahn Weizenbock, Eisenbahn
Pale Ale e Eisenbahn Weizenbier. Também no mesmo mês, a Eisenbahn
participou do Australian International Beer Awards. O AIBA contou com 1084
cervejas, de 217 cervejarias de 42 países. Nesse concurso, ganhou 3
medalhas de prata com a Eisenbahn Dunkel (categoria Lager Package),
Eisenbahn Weizenbock (categoria Wheat Beer Package) e Eisenbahn Lust
(categoria Belgian and French Style Ales Package), estando assim mais uma
vez entre as melhores do mundo.
Dando seqüência aos acontecimentos internacionais, Eisenbahn é citada no
livro do Michael Jackson, um dos melhores escritores e conhecedores de
cervejas do mundo. Esse livro é como se fosse um guia de cervejas de todo o
mundo e a Eisenbahn é a única cervejaria brasileira que aparece na página da
América Latina. E ao falar da Eisenbahn aparece a Eisenbahn Kölsch, como
indicação. Já em abril, a Eisenbahn participou do World Beer Cup e ganhou
uma medalha de bronze novamente com a Eisenbahn Dunkel. No World Beer
Cup participaram 2931 cervejas, de 644 cervejarias de 58 países em 91
categorias. Ainda no mês de abril, a Revista inglesa Beers of the World coloca
a Eisenbahn em uma matéria de quatro páginas onde fala que a empresa é
uma cervejaria brasileira com estilo germânico. Na reportagem ressalta ainda a
qualidade e preocupação em produzir cervejas tradicionais resgatando
conceitos que se perderam ao longo do tempo com a chegada das grandes
cervejarias. E ainda, na coluna do Jeff Evans, o mesmo indica a Eisenbahn
Weizenbock como Recomendada pelo Editor.
No final do primeiro semestre de 2008, a Eisenbahn é adquirida pelo Grupo
Schincariol, maior indústria brasileira de bebidas. O parque fabril em Blumenau
é mantido, bem como o processo artesanal de fabricação do produto. A
Eisenbahn continua sendo reconhecida nas principais premiações
internacionais e, em novembro, foi vencedora do European Beer Star Awards:
ouro para a versão Dunkel, na categoria German Style Scharzbier; e prata para
a versão Weinzenbock na categoria Weizenbock Dunkel. Isto faz da cervejaria
uma colecionadora de títulos internacionais: ao todo são mais de 30 prêmios.
Ainda em 2008 a Eisenbahn lança A Dama do Lago, vencedora do Concurso
Mestre Cervejeiro 2007, e inicia a sua segunda edição. A cerveja, uma Belgian
Dark Strong Ale com 9% de teor alcoólico, foi criada por Leonardo Botto e
produzida em edição limitada. Em 2009 A Dama do Lago recebe medalha de
bronze no Australian International Beer Awards na categoria Abbey Style,
Dubbel and Triple.
No mesmo ano é lançada a vencedora da segunda edição do Concurso Mestre
cervejeiro: a Joinville Porter. O catarinense Ivan Guilherme Steinbach
desenvolveu a melhor receita, uma cerveja estilo Robust Porter de coloração
preta com sabor de malte torrado e um pouco adocicada.
O Concurso consolida-se como tradição entre os cervejeiros brasileiros,
ganhando destaque da imprensa especializada e mais adeptos a cada ano. Em
2009, com a 3ª edição, foram 88 inscritos e 57 bebidas enviadas. A receita
vencedora foi do paranaense Sandro Sebastião Singer e deu origem a São
Sebá, uma cerveja do estilo Belgian Dubbel lançada no segundo semestre de
2010.
Ainda neste ano, a Eisenbahn se torna patrocinadora oficial da ABS-SP
(Associação Brasileira de Sommeliers - São Paulo), participando dos eventos
relacionados a cerveja e levando a cultura cervejeira para os interessados e
grandes apreciadores da bebida.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Cerveja artesanal ganha cada vez mais espaço
O aumento do preço da cerveja e a Lei Seca estão empurrando o consumo da bebida, um dos hábitos arraigados entre os brasileiros, para segundo plano. Por outro lado, a alta da cerveja industrial consegue dar impulso às microcervejarias que se espalham por Minas Gerais – um total de 30, segundo informações do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral (Sindbebidas-MG). Isso porque, com preços das cervejas tradicionais em elevação, as artesanais estão ganhando em competitividade, além de se destacar por um melhor custo-benefício. Segundo levantamento do site de pesquisas Mercado Mineiro, em outubro, o preço das bebidas industriais variou de R$ 6,55 a R$ 7,40 a garrafa com 600 ml, enquanto as artesanais custam a partir de R$ 10.
Fernando Júnior, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG), lembra que a importância que o consumidor tem dado à qualidade dos produtos, e não mais à quantidade consumida, ajuda a puxar a venda das artesanais. “Nas demais cervejas, já experimentamos queda de 5% no consumo, muito em função dos preços, e a nossa percepção é de migração para as artesanais, mas também para vinhos, vodcas e caipis”, lembra. “Com as pessoas bebendo menos em função da Lei Seca, por vezes acaba dando preferência a produtos que oferecem mais qualidade e experiência”, acrescenta.
Embora tenha sentido efeitos semelhantes aos das grandes cervejarias, com retração de produção e faturamento, Paula Lebbos, diretora de Marketing da cervejaria Backer, que tem produção superior a 240 mil litros/mês, atribui os resultados do ano ao crescimento da cultura cervejeira. “Sentimos uma retração em relação à economia em geral, à falta de dinheiro no mercado e à entrada de marcas importadas com preços acessíveis e esperávamos crescimento maior do que o que deve acontecer”, diz. “No entanto, o público de bebidas especiais continua crescendo, e isso favorece o nosso negócio”, reforça Paula. A cervejaria está investindo R$ 5 milhões na ampliação do seu parque, especialmente para receber os visitantes.
Alencar Barbosa, sócio da Cervejaria Küd, que lançou ano mercado as garrafas de 600ml este ano, ao preço médio de R$ 15, acredita na expansão do setor para os próximos anos, apoiado pelo surgimento de uma imensa variedade de rótulos, principalmente na região de Nova Lima, na Grande BH, onde a produção de cervejas foi enquadrada como atividade artesanal. Entre as vantagens frente à cerveja industrializada, ele destaca a carga cultural do produto, que dá ao consumidor a vantagem de saber como ele é fabricado. “Muitos consumidores entram no mercado artesanal pela curisosade, e não pela busca do melhor preço”, comenta.
Fernando Júnior, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG), lembra que a importância que o consumidor tem dado à qualidade dos produtos, e não mais à quantidade consumida, ajuda a puxar a venda das artesanais. “Nas demais cervejas, já experimentamos queda de 5% no consumo, muito em função dos preços, e a nossa percepção é de migração para as artesanais, mas também para vinhos, vodcas e caipis”, lembra. “Com as pessoas bebendo menos em função da Lei Seca, por vezes acaba dando preferência a produtos que oferecem mais qualidade e experiência”, acrescenta.
Embora tenha sentido efeitos semelhantes aos das grandes cervejarias, com retração de produção e faturamento, Paula Lebbos, diretora de Marketing da cervejaria Backer, que tem produção superior a 240 mil litros/mês, atribui os resultados do ano ao crescimento da cultura cervejeira. “Sentimos uma retração em relação à economia em geral, à falta de dinheiro no mercado e à entrada de marcas importadas com preços acessíveis e esperávamos crescimento maior do que o que deve acontecer”, diz. “No entanto, o público de bebidas especiais continua crescendo, e isso favorece o nosso negócio”, reforça Paula. A cervejaria está investindo R$ 5 milhões na ampliação do seu parque, especialmente para receber os visitantes.
Alencar Barbosa, sócio da Cervejaria Küd, que lançou ano mercado as garrafas de 600ml este ano, ao preço médio de R$ 15, acredita na expansão do setor para os próximos anos, apoiado pelo surgimento de uma imensa variedade de rótulos, principalmente na região de Nova Lima, na Grande BH, onde a produção de cervejas foi enquadrada como atividade artesanal. Entre as vantagens frente à cerveja industrializada, ele destaca a carga cultural do produto, que dá ao consumidor a vantagem de saber como ele é fabricado. “Muitos consumidores entram no mercado artesanal pela curisosade, e não pela busca do melhor preço”, comenta.
Fonte: Uai/Estado de Minas
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Cerveja com os amigos faz bem para a saúde, diz estudo da Oxford
Você costuma sair com os seus amigos para bebericar algumas cervejas? Então vai gostar de saber que um estudo britânico acaba de descobrir que essa atividade faz bem para a saúde.
Liderada por Robin Dunbar, diretor do grupo de pesquisa social e evolucionário de neurociência da Universidade de Oxford, a pesquisa diz que sair até duas vezes durante a semana com os amigos para beber cerveja pode trazer benefícios saudáveis. Tudo isso porque a cerveja ajuda as pessoas a serem mais sociáveis e darem mais risadas.
Fonte: Techmestre
Você costuma sair com os seus amigos para bebericar algumas cervejas? Então vai gostar de saber que um estudo britânico acaba de descobrir que essa atividade faz bem para a saúde.
Liderada por Robin Dunbar, diretor do grupo de pesquisa social e evolucionário de neurociência da Universidade de Oxford, a pesquisa diz que sair até duas vezes durante a semana com os amigos para beber cerveja pode trazer benefícios saudáveis. Tudo isso porque a cerveja ajuda as pessoas a serem mais sociáveis e darem mais risadas.
Fonte: Techmestre
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Cerveja brasileira vai ganhar novo padrão de produção
SÃO PAULO - O Ministério da Agricultura publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 22, o texto que vai determinar os novos padrões para a fabricação da cerveja no Brasil e no Mercosul.
Entre as principais mudanças propostas, o texto veta a substituição do lúpulo ou seus derivados por outros princípios amargos. No caso deste último, a exceção é a cerveja gruit, na qual o lúpulo é totalmente substituído
No texto, o ministério proíbe a adição de qualquer tipo de álcool (que não seja do processo natural de fermentação), qualquer que seja sua procedência. Também fica vetada a adição de água fora das fábricas ou unidades engarrafadoras habilitadas. por outras ervas.
A proposta prevê a permissão para adicionar mel, leite, frutas e ervas na receita da bebida. Já a substituição do malte por outros insumos cervejeiros (como milho, arroz, entre outros) não pode ser maior que 45% em relação ao extrato primitivo.
O objetivo da elaboração de novos padrões de produção é abrir espaço para as microcervejarias diante do avanço das cervejas importadas e padronizar o processo de produção no setor.
No caso de adição de açúcares vegetais diferentes dos provenientes dos cereais, como o mel, a quantidade máxima em relação ao seu extrato primitivo deverá ser menor ou igual a 25% em peso.
O documento ficará em consulta pública nos próximos 60 dias para sugestões e comentários, que deverão ser encaminhados em formato de planilha eletrônica para o e-mail cp.cerveja@agricultura.gov.br.
A versão do texto para consulta pública foi desenvolvido a partir de duas reuniões, realizadas em fevereiro e agosto do ano passado, com representantes do setor. Estiveram presentes executivos tanto das grandes indústrias quanto de pequenos produtores artesanais, associações e especialistas do setor.
Segundo dados de dezembro do Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos do
Ministério da Agricultura, 232 cervejarias e 1,1 mil tipos de cervejas estão registrados no Brasil.
De acordo com informações do Bart-Haas Group, o país ocupa a terceira posição no ranking mundial de produção de cerveja, com cerca de 13,7 bilhões de litros produzidos no ano de 2012 e um consumo per capita de aproximadamente 65 litros anuais.
O documento ficará em consulta pública nos próximos 60 dias para sugestões e comentários, que deverão ser encaminhados em formato de planilha eletrônica para o e-mail cp.cerveja@agricultura.gov.br.
A versão do texto para consulta pública foi desenvolvido a partir de duas reuniões, realizadas em fevereiro e agosto do ano passado, com representantes do setor. Estiveram presentes executivos tanto das grandes indústrias quanto de pequenos produtores artesanais, associações e especialistas do setor.
Segundo dados de dezembro do Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos do
Ministério da Agricultura, 232 cervejarias e 1,1 mil tipos de cervejas estão registrados no Brasil.
De acordo com informações do Bart-Haas Group, o país ocupa a terceira posição no ranking mundial de produção de cerveja, com cerca de 13,7 bilhões de litros produzidos no ano de 2012 e um consumo per capita de aproximadamente 65 litros anuais.
estadao
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
História da Cerveja
Há cerca de 10 mil anos, o homem antigo descobriu, por acaso, o processo de fermentação, no que surgiram, em pequena escala, as primeiras bebidas alcoólicas. Mais tarde, a cerveja era produzida inicialmente pelos padeiros, devido a natureza dos ingredientes que utilizavam: leveduras e grãos de cereais. A cevada era deixada de molho até germinar e, então, moída grosseiramente, moldada em bolos aos quais se adicionava a levedura. Os bolos, após parcialmente assados e desfeitos, eram colocados em jarras com água e deixados fermentar.
Há evidências de que a prática da cervejaria originou-se na região da Mesopotâmia onde a cevada cresce em estado selvagem. Os primeiros registros de fabricação de cerveja têm aproximadamente 6 mil anos e remetem aos Sumérios, povo mesopotâmico. A primeira cerveja produzida foi, provavelmente, um acidente. Documentos históricos mostram que em 2100 a.C. os sumérios alegravam-se com uma bebida fermentada, obtida de cereais. Na Suméria, cerca de 40% da produção dos cereais destinavam-se às cervejarias chamadas "casas de cerveja", mantida por mulheres. Os egípcios logo aprenderam a arte de fabricar cerveja e carregaram a tradição no milênio seguinte, agregando o líquido à sua dieta diária.
A cerveja produzida naquela época era bem diferente da de hoje em dia. Era escura, forte e muitas vezes substituía a água, sujeita a todos os tipos de contaminação, causando diversas doenças à população. Mas a base do produto, a cevada fermentada, era a mesma.
A expansão definitiva da cerveja se deu com o Império Romano, que se encarregou de levá-la para todos os cantos onde ainda não era conhecida. Júlio César era um grande admirador da cerveja e, em 49 a.C., depois de cruzar o Rubicão, ele deu uma grande festa a seus comandantes, na qual a principal bebida era a cerveja. A César também é atribuída a introdução de cerveja entre os britânicos, pois quando ele chegou à Britânia, esse povo apenas bebia leite e licor de mel. Através dos romanos a cerveja também chegou à Gália, hoje a França.
E foi aí que a bebida definitivamente ganhou seu nome latino pelo qual conhecemos hoje. Os gauleses denominavam essa bebida de cevada fermentada de “cerevisia” ou “cervisia” em homenagem a Ceres, deusa da agricultura e da fertilidade.
Na Idade Média, os conventos assumiram a fabricação da cerveja que, até então, era uma atividade familiar, como cozer o pão ou fiar o linho. Pouco a pouco, à medida que cresciam os aglomerados populacionais e que se libertavam os servos, entre os séculos VII e IX, começaram a surgir artesãos cervejeiros, trabalhando principalmente para grandes senhores e para abadias e mosteiros. O monopólio da fabricação da cerveja até por volta do século XI continuou com os conventos que desempenhavam relevante papel social e cultural, acolhendo os peregrinos de outras regiões. Por isso, todo monastério dispunha de um albergue e de uma cervejaria. Os monges por serem os únicos que reproduziam os manuscritos da época, puderam conservar e aperfeiçoar a técnica de fabricação da cerveja.
Com o aumento do consumo da bebida, os artesãos das cidades começaram também a produzir cerveja, o que levou os poderes de públicos a se preocupar com o hábito de se beber cerveja. As tabernas ou cervejarias eram locais onde se discutiam assuntos importantes e muitos negócios concluíam-se entre um gole e outro de cerveja. A partir do séc. XII pequenas fábricas foram surgindo nas cidades européias e com uma técnica mais aperfeiçoada, os cervejeiros já sabiam que a água tinha um papel determinante na qualidade da cerveja. Assim a escolha da localização da fábrica era feita em função da proximidade de fontes de água muito boa.
Com a posterior invenção de instrumentos científicos (termômetros e outros), bem como o aperfeiçoamento de novas técnicas de produção, o que bebemos hoje é uma agregação de todas as descobertas que possibilitaram o aprimoramento deste nobre líquido.
Fonte Brejas.com.br
Assinar:
Postagens (Atom)